domingo, 16 de dezembro de 2012

Como é dito, os olhos são a janela da alma, a passagem da claridade ao espírito. Muitas pessoas estão acostumadas a assistirem aos momentos da vida, mas não conseguem ver, apenas enxergam tudo de maneira racional e fria, deixando de se envolver, deixando de se cativar, de realmente viver. Estes não imaginam o quão o mundo pode ser diferente se observarmos de outra maneira, se deixarmos a emoção aflorar. Ver não é apenas identificar um objeto ou uma paisagem, mas sim analisar e decifrar o que a imagem a frente representa, o que ela consegue transmitir aos seus reais observadores. Um olhar é capaz de entender mil palavras, desvendar segredos, espalhar tranquilidade e até enganar friamente. São tantos olhares, tantas emoções expressas em cada movimento, em cada piscar que palavras perdem o sentido ou acabam com a ternura de um olhar, de um brilho nos olhos...
Nada que se olha pela segunda vez é como na primeira, algo mudou, algo se transformou, pois nunca uma mesma imagem representará uma mesma sensação... É como dizia a teoria de Heráclito de Éfeso, filósofo considerado pai da dialética que dizia:
"Ninguém entra duas vezes no mesmo rio, pois nem a pessoa é a mesma que havia entrado no rio anteriormente, nem o rio é o mesmo de quando ela havia entrado nele. Tanto um quanto o outro se modificaram com o tempo." 



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